Ciridião Durval, nascido em Tatuamunha
- Malú Ferreira de Souza
- 9 de fev. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de abr. de 2018
Um cidadão Triplo, nosso homenageado Ciridião Durval, nascido em Tatuamunha, Distrito de Porto de Pedras. Filho de Rogério José de Santana e Teotônia Durval de Santana, nasceu no dia 03 de março de 1860, teve quatro irmãos: Hermillo Durval, Manoel Durval, Fernandina Durval e Maria Durval Moreira. Muito cedo, aprendeu as primeiras letras, na pequenina Tatuamunha, com professor de escola pública, desde pequeno mostrava-se interesse pelos estudos, os pais logo percebeu o seu entusiasmo e a vivacidade do filho, com muitas dificuldades, logo providenciou a ida do filho para o internato no Colégio Santo Amaro, na cidade do Recife (PE), onde terminou o ensino básico (primário), alguns anos depois foi transferido para o Ginásio Provincial da mesma cidade, para concluir o curso de Humanidades em 1881. No mesmo período, em junho do mesmo ano, na “torrinha” do Teatro Santa Isabel, o jovem estudante recita um texto em homenagem ao Maestro Antônio Carlos Gomes, depois de assistir à apresentação de Salvador Rosa – a quinta ópera do compositor brasileiro – Emocionado, o maestro sobe as escadarias em sua direção, abraçando-a o franzino estudante, o ergue e beija o jovem na testa. Inicia-se ali o orador para o público, o jovem poeta Ciridião Durval. Frequentador dos círculos literários de Recife, logo passou a ser conhecido entre os poetas da cidade e a ter seus sonetos publicados nos jornais.
Participou da luta abolicionista de forma destacada, sempre era escolhido como orador nos atos públicos, e invariavelmente apresentava uma poesia para enriquecer sua oratória.
Continuou seus estudos e, quatro anos depois, formou-se em Direito pela Faculdade do Recife em 1885, teve como colegas de turma: Martins Júnior, Clóvis Bevilacqua, Arthur Orlando, Porto Carneiro e Phaelante da Camara. Já, em 1886, iniciou sua carreira como Promotor Público na cidade de Ilhéus. No ano seguinte em 1887, solicita sua remoção para Vila Nova da Rainha, no Sertão da Bahia. Exercendo o cargo de Juiz substituto Seccional; foi delegado do Poder Legislativo do Tribunal de Conflitos e Professor da Faculdade de Direito da Bahia, na cadeira de Direito Criminal e Administrativo.
Inicia-se ali a sua longa e duradoura jornada de conhecimentos, como escritor e Poeta.
Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife em 1885, contribuiu como redator, nesse período, escreveu, para a Revista de Pernambuco e da “A República” órgão do Clube Republicano Acadêmico, além de desenvolver ativa militância abolicionista. Colaborou, para o Jornal do Recife, na Província, no Diário de Pernambuco e no Repórter de Recife. Faleceu, no dia 17 de agosto de 1895, no interior baiano, vítima de tuberculose.
Ciridião um jovem vivaz, com muitos sonhos para realizar, ainda na fase estudantil no curso de direito, participou dos círculos literários do Recife, quando estudantes logo foi reconhecido pelos poetas do meio. Com seu jeito de menino franzino, logo foi reconhecido no mundo da literatura com seus poemas publicados nos jornais locais. Participou das lutas abolicionistas de forma marcante, sempre participava como orador nos atos públicos e, para enriquecer nas suas oratórias ao final sempre terminava em rima de poesia nos seus discursos.
Orgulhoso de sua terra natal, em setembro de 1882 participou da fundação e foi eleito vice-presidente da Sociedade 16 de Setembro, formada por estudantes alagoanos em Recife com o objetivo de “solenizar em todos os anos esta data gloriosa que relembra a emancipação política daquela província”, como registrou O Orbede 13 de setembro de 1882.

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